sábado, 5 de janeiro de 2008

SMAS Oeiras e Amadora

A falta de produtividade é uma lacra neste país mas parece que nos está no ADN. Para resolver o mais mínimo "problema" temos que recorrer ao papel timbrado e à assinatura das autirodades competentes. Senão vejamos.

Os meus irmãos e eu temos uma loja no Concelho de Oeiras que, por acaso, está para arrendar e está, portanto, vazia. Recebemos uma carta do SMAS Oeiras e Amadora a dizer que havia um vaso pesado em cima de uma tampa o que impedia os funcionários do SMAS de aceder a uma torneira para efectuarem os trabalhos necessários. Estranhei já que nunca houve lá nenhum vaso mas lá fui esta manhã ver o que é que se passava. O Restaurante ao lado loja tinha posto uns vasos à entrada para decorar o local e um desses vasos estava, efectivamente, em cima de uma tampa que os funcionários têm que ter acessível pelo que a recolocação do vaso se justifica. Mais, o vaso até estava em frente do restaurante e via-se nitidamente que era deste. Então onde é que está o problema ?

O que os funcionários fizeram, imagino, quando detectaram a situação foi preparar um relatório que originou a carta que recebi. Burocracria. Se os funcionarios tivessem entrado no restaurante e falado com o proprietário, como eu fiz esta manhã, tinham resolvido este assunto nesse mesmo momento. O senhor, simpatiquissimo por sinal, não se tinha apercebido da situação e deslocou o vaso resolvendo assim o "problema". O que se teria resolvido num minuto, além de ter tardado não se sabe quanto, meteu papelada. É por esta e por outras que as Câmaras e o Estado necessitam tantos funcionários ?

É assim tão dificil ser eficiente ? Terá alguém chamado à atenção dos funcionários que poderiam ter resolvido isto de maneira expedita ou será que foram louvados por terem seguido os procedimentos ?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Simplex 1

A ideia do simplex é boa mas parece que tudo se conjuga para que não funcione. Senão vejamos o que se passou esta manhã.

Fui com os meus irmãos à Conservatória do Registo Predial para fazer, a favor do banco, o registo provisório de uma loja que queremos vender.

Sucede que a minha irmã se divorciou. Pediu o registo de nascimento com o averbamento do divórcio, foi ao arquivo de identificação e recebeu o novo BI com o novo estado civil, divorciada.

Esta manhã um dos documentos dizia que a minha irmã estava casada. Óbvio já que o documento do registo era anterior ao divórcio. Ela explicou isso e apresentou o BI. Para a conservatória o BI mente e ela tem que apresentar novamente a certidão de nascimento a dizer que está divorciada. Ou seja, o mesmo que já diz o BI. O documento mais importante que têm os portugueses não faz fé. Mas isto não acaba aqui.

A solução que lhe deram foi ir ao rés-do-chão ao registo civil e pedir a certidão. Custa só 16 euros. Mais, pode ser que lha entreguem no mesmo dia ou no dia seguinte. Mas é ela quem tem que vir de Sintra buscar a certidão que está no rés-do-chão e levá-la ao primeiro andar. Tinha ouvido dizer que o estado não podia pedir documentos que já estivessem em seu poder. Rumores, claro.

É tudo tão simples. É SIMPLEX.

Apresentação

Quais foram as minhas motivações ao criar este blog ?

Estou farto de ver inépcia neste país e protestar com os amigos e conhecidos mas quero partilhar as minhas impressões com mais pessoas. As boas e as más.

Vou tentar escrever sem erros no portugês de sempre e não nesse aborto de acordo que querem assinar. Mas isso será tema mais adiante.

Bom, comecemos.