Entrevista de Henrique Neto a Anabela Mota Ribeiro no "Jornal Económico"
Uma vez, fui a um debate em Peniche , conhecia o Sócrates de vista. Isto antes do Governo Guterres. Não sabia muito de ambiente, mas tinha lido umas coisas, tinha formado a minha opinião. O Sócrates começou a falar e pensei: “Este gajo não percebe nada disto” . Mas ele falava com aquela propriedade com que ainda hoje fala, sobre aquilo de que não sabe. Eu, que nunca tinha ouvido o homem falar, pensei: “Este gajo é um aldrabão, é um vendedor de automóveis. Ainda hoje lhe chamo vendedor de automóveis".
"Quando se pôs a hipótese de ele vir a ser secretário-geral do PS, achei uma coisa indescritível. Era a selecção pela falta de qualidade. O PS tem muita gente de qualidade. Sempre achei que o PS entregue a um tipo como o Sócrates só podia dar asneira".
"Gosto muito de Portugal – se tiver uma paixão é Portugal – e não gosto de ninguém que dê cabo dele. O Sócrates está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto. Entre o mal que faz e o bem que faz, com o Sócrates, a relação é desastrada".
"Há caras de que gostamos mais e outras menos, mas não me pesa assim tanto. Além do facto de que estou convencido de que ele não é sério, também noutros campos. Conheci a vida privada do Sócrates, ele casou com uma moça de Leiria, de quem conheço a família. Sou amigo do pai dela, que foi o meu arquitecto para a casa de São Pedro de Moel. Esta pequena decoração que vê aqui [em casa] foi feita pela cunhada do Sócrates. Às vezes compro umas pinturas que a mãe delas faz. Nunca fui próximo da família, mas tenho boas relações. Não mereciam o Sócrates. Portanto, sei quem é o Sócrates num ambiente familiar. Sei que é um indivíduo que teve uma infância complicada, que é inseguro por força disso, que cobre a sua insegurança com a arrogância e com aquelas crispações. Mas um País não pode sofrer de coisas dessas".
foi publicada, em que lhe disse coisas que digo do Sócrates. Era da comissão política do Partido Socialista. Foi na fase de Pina Moura e Moura e daqueles descalabros todos. Na comissão política, estão publicadas algumas dessas coisas, [sobre] os negócios do Jorge Coelho e do Pina Moura. Depois de ter falado disso tudo em duas ou três reuniões e não ter acontecido nada, escrevi uma carta e mandei ao Guterres. Ele distribuiu a carta. No outro dia veio nos jornais. Era uma carta duríssima. Os problemas eram os mesmos, estávamos a caminhar mal, estávamos a enganar os portugueses, a dizer que a economia estava na não era verdade. Na altura já falava com o Medina Carreira e ele já falava comigo".
"Quando o Pina Moura foi ministro das Finanças, uma senhora das Finanças instalou-se lá na empresa. Nunca contei isto. Encontrava- a no elevador, nunca falei com ela, “ bom dia Sra. Dr.ª.”. Mas os meus homens contavam-me. Andou à procura, à procura, à procura como uma doida. Esteve lá alguns dois anos. As coisas não são impunes, a gente paga-as neste mundo. Disse o que quis do Pina Moura, da maioria desses gajos; era natural que se defendessem. Os seus colegas jornalistas muitas vezes foram ao Pina Moura com o que eu disse; e ele: “Não comento”. O Guterres também não comentava, e o Sócrates também não comenta. Aliás, quando faço uma intervenção ao pé dele fica histérico, não me pergunte porquê".
"Estudei um pouco da história portuguesa, nomeadamente dos Descobrimentos; fizemos erros absurdos. Um dos erros é deixarmo-nos enganar, ou pelos interesses, ou pela burrice. O poder, os interesses e a burrice é explosivo. Descambámos no Sócrates, que tem exactamente estas três qualidades, ou defeitos: autoridade, poder, ignorância. E fala mentira. Somos um País que devia usar a inteligência e o debate para resolver os problemas, e temos dirigentes que utilizam a mentira e evitam o debate".
"A última comissão política do PS foi feita no dia em que o Sócrates anunciou estas medidas todas. Convocou a comissão política depois de sair da conferência de imprensa, para o mesmo dia, à última da hora, para ninguém ir preparado – primeira questão. Segunda questão, organizou o grupo dos seus fiéis para fazer intervenções umas a seguir às outras, a apoiar, para que não houvesse vozes discordantes. A ideia dele era que o Partido Socialista apoiasse as medidas. Fez medidas tramadas, toda a gente sabe. O mínimo era que o partido as apoiasse. Mas não falou antes. Depois o Almeida Santos fez aquilo que faz sempre: uma pessoa pode inscrever-se primeiro, mas o Almeida Santos só dá a palavra a quem acha. Os que acha que vão dizer o que não quer que digam, só vêm no fim. E no fim: “Isto está tarde, está na hora de jantar”. Isto é uma máfia que ganhou experiência na maçonaria. O Arq. Fava é maçónico, o Sócrates entrou por essa via, e os outros todos. Até o Procurador-Geral da República. Utiliza-se depois as técnicas da maçonaria – não é a maçonaria – para controlar a sua verdade. Os sucessivos governos, este em particular, pintam uma imagem cor-de-rosa da economia portuguesa. Isto é enganar as pessoas sistematicamente.
Depois aparecem críticos como o Medina Carreira ou eu a chamar a atenção para a realidade do País – chamam-nos miserabilistas! E quando podem exercem pressão nos lugares onde estão esses críticos e se puderem impedir a sua promoção ou acesso aos meios de informação, não hesitam. Isto era o que se passava antes do 25 de Abril, agora passa-se em liberdade, condicionando as pessoas, e usando o medo que têm de perder o emprego. José Sócrates, na última Comissão Política do PS, defendeu a necessidade das severas medidas assumidas pelo Governo, mas também disse que era muito difícil cortar na despesa do Estado porque a base de apoio do PS está na Administração Pública. Disse-o lá, e pediu para isso a compreensão dos presentes. Não tenho nada contra José Sócrates. Se ele se limitasse a ser um vendedor de automóveis, ser-me ia indiferente. Mas ele é o primeiro-ministro e está a dar cabo do meu País. Não é o único, mas é o mais importante de todos".
quinta-feira, 24 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
O preço da verdade
O jornal Sol publicou um artigo de José António Saraiva acerca da orgia que existe entre a justiça e a política. Aqui está ele:
O preço da verdade
14 de Março, 2011 por José António Saraiva
O tribunal admitiu que o SOL não invadiu a vida privada de ninguém, mas manteve a condenação; como se dissesse: Se não prevaricaste por isto, pecaste por aquilo
Alguns leitores lembrar-se-ão de uma crónica que aqui publiquei há 15 meses sobre um processo que me foi aberto pelo Serviço de Reinserção Social.
Na sequência de um caso de alegada violação do segredo de Justiça por parte do SOL e de outros jornais e televisões, o tribunal notificou aquele serviço para tratar do meu caso. Convocaram-me, ouviram-me, fizeram-me perguntas várias - e no final, para meu espanto, disseram-me que tinham de ir ao meu prédio pedir aos vizinhos informações a meu respeito! Fiquei estupefacto. Se a preocupação com a minha correcta inserção social já me parecera insólita, a necessidade de colher informações junto da minha vizinhança parecia uma brincadeira. Por todas as razões - e porque há muitos anos que todos sabem onde vivo, onde trabalho, o que faço e até o que penso.
A publicação dessa crónica, que acabou por ter um impacto maior do que eu esperava, teve um efeito dissuasor. E o processo terá sido arquivado, porque nunca mais tive notícias dele e não me chegou ao conhecimento que qualquer vizinho tivesse sido interrogado.
Volto hoje à presença dos leitores com um caso judicial que me envolve - e é ainda mais surreal. Como todos se lembrarão, o SOL não respeitou em Fevereiro do ano passado uma providência cautelar interposta por um administrador da PT - providência cautelar essa que, para proteger a privacidade da pessoa em causa, proibia a publicação de escutas de conversas telefónicas em que tivesse participado.
Ora, num país que em tempos não muito distantes teve uma censura à imprensa durante 50 anos, aceitar um impedimento que significava na prática uma censura prévia constituía um precedente gravíssimo. A partir daí, todos os implicados no processo Face Oculta poderiam começar a interpor providências cautelares - e o SOL ficaria impedido de publicar notícias sobre o caso.
Além disso, as conversas em causa não tinham nada a ver com a vida privada: eram conversas em que os intervenientes falavam, na sua qualidade de gestores, sobre assuntos de manifesto interesse público. Por isso, os pressupostos da providência cautelar não se verificavam.
Foi isto mesmo, aliás, que a nossa advogada invocou, num recurso entretanto interposto. E ao qual o tribunal deu razão, reconhecendo que a matéria publicada pelo SOL não configurava uma invasão da privacidade. Mas, para defender a posição inicialmente tomada, o tribunal mudou os fundamentos da providência cautelar - passando a dizer que, embora não houvesse violação da vida privada, a publicação das escutas era ilegítima em si própria.
Foi como se dissesse: Se não prevaricaste por isto, pecaste por aquilo - e portanto és criminoso na mesma . E a condenação manteve-se.
O processo seguiu o seu curso, sem nunca ninguém me ouvir. Embora a providência cautelar obrigue o juiz a ouvir a outra parte, tal nunca foi feito. Mas a proibição de publicar escutas manteve-se, verificando-se esta situação aberrante: todos os outros jornais as publicavam, mas quando éramos nós a fazê-lo cometíamos um crime !
Além disso, penhoraram-me a casa onde vivo e parte substancial do meu (único) ordenado. E soube dessa notícia por um jornal - o que significa que outros a tiveram antes de mim.
Eu pensava que isto não fosse possível em nenhum país democrático - mas foi. Pensava que muito menos fosse possível num país da União Europeia - mas foi. Um director de um jornal ter a casa e o ordenado penhorados por notícias que se limitaram a dizer a verdade, que denunciaram um golpe de contornos obscuros, que não violaram a privacidade de ninguém. Uma pessoa ser condenada sem nunca ter sido ouvida! Dirá o juiz que a minha advogada interpôs recursos e por isso teve ocasião de se pronunciar. Mas será isso o mesmo que ouvir a pessoa que é acusada e depois penalizada?
Mas o caso não fica por aqui. Após as penhoras, a empresa proprietária do SOL, num gesto que pessoalmente me sensibilizou, fez uma caução em dinheiro no valor da totalidade da multa que podia ser-me aplicada (110 mil euros, mais 20 mil para custas). Ora, apesar desta caução, a Justiça manteve até hoje as penhoras.
A Justiça, que foi tão rápida a accionar o processo e a executar as penhoras, revelou-se tão lenta a substituir as penhoras pela caução. Porquê? Com que intenção?
A acentuar a sensação de injustiça que envolve todo este processo está a dita multa de 110 mil euros (e não falo aqui dos valores exigidos à empresa, que atingem números astronómicos).
Alguma vez se viu em Portugal uma pena destas (ou sequer próxima) na área da comunicação social? Nem noutras. Recordo que as vítimas do caso Casa Pia receberam uma indemnização de 50 mil euros por danos físicos e psicológicos gravíssimos que ficaram para toda a vida.
E que a família do agente da PSP que foi morto na semana passada vai receber 100 mil euros.
Perante tudo isto, é difícil dizer que não estamos perante um ataque político ao SOL e ao seu director.
Aliás, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras, que analisou o processo em pormenor, escreveu preto no branco: «Estas acusações [do Ministério Público] não são mais do que uma clara perseguição contra a redacção do SOL, à espera de que o semanário ceda mais tarde ou mais cedo à pressão económica ou judicial».
Perante a cumplicidade evidente de alguns responsáveis da Justiça portuguesa com o poder político, perante a passividade de outros, resta-nos apelar para a Justiça internacional.
E faço também um pedido aos meus leitores: dêem conhecimento deste caso aos vossos amigos e conhecidos. Não por mim. Mas porque ele ilustra bem o estado a que chegou a Justiça em Portugal, que permite monstruosidades como esta.
Em 25 anos à frente de jornais não fui condenado uma única vez. E agora colocam-me entre a espada e a parede - pelo facto de o meu jornal ter ousado denunciar a verdade.
É caso para dizer que hoje, em Portugal, a verdade tem um preço muito alto.
Entretanto temos o que temos. Um primeiro-ministro com um falso titulo universitário, as suspeitas que conhecemos no caso Freeport, o chefe dos juízes a mandar apagar as conversas incómodas no caso Face Oculta, ele é apartamentos comprados a cash, etc. Aqui neste blog conta-se um caso curioso com a mãe. Mas há algo curioso. Cada vez que pergunto, ninguém confessa ter votado nele mas a verdade é que ganhou as eleições. Agora têm vergonha de confessar. A ver se para a próxima têm mais juízo na hora de votar.
O preço da verdade
14 de Março, 2011 por José António Saraiva
O tribunal admitiu que o SOL não invadiu a vida privada de ninguém, mas manteve a condenação; como se dissesse: Se não prevaricaste por isto, pecaste por aquilo
Alguns leitores lembrar-se-ão de uma crónica que aqui publiquei há 15 meses sobre um processo que me foi aberto pelo Serviço de Reinserção Social.
Na sequência de um caso de alegada violação do segredo de Justiça por parte do SOL e de outros jornais e televisões, o tribunal notificou aquele serviço para tratar do meu caso. Convocaram-me, ouviram-me, fizeram-me perguntas várias - e no final, para meu espanto, disseram-me que tinham de ir ao meu prédio pedir aos vizinhos informações a meu respeito! Fiquei estupefacto. Se a preocupação com a minha correcta inserção social já me parecera insólita, a necessidade de colher informações junto da minha vizinhança parecia uma brincadeira. Por todas as razões - e porque há muitos anos que todos sabem onde vivo, onde trabalho, o que faço e até o que penso.
A publicação dessa crónica, que acabou por ter um impacto maior do que eu esperava, teve um efeito dissuasor. E o processo terá sido arquivado, porque nunca mais tive notícias dele e não me chegou ao conhecimento que qualquer vizinho tivesse sido interrogado.
Volto hoje à presença dos leitores com um caso judicial que me envolve - e é ainda mais surreal. Como todos se lembrarão, o SOL não respeitou em Fevereiro do ano passado uma providência cautelar interposta por um administrador da PT - providência cautelar essa que, para proteger a privacidade da pessoa em causa, proibia a publicação de escutas de conversas telefónicas em que tivesse participado.
Ora, num país que em tempos não muito distantes teve uma censura à imprensa durante 50 anos, aceitar um impedimento que significava na prática uma censura prévia constituía um precedente gravíssimo. A partir daí, todos os implicados no processo Face Oculta poderiam começar a interpor providências cautelares - e o SOL ficaria impedido de publicar notícias sobre o caso.
Além disso, as conversas em causa não tinham nada a ver com a vida privada: eram conversas em que os intervenientes falavam, na sua qualidade de gestores, sobre assuntos de manifesto interesse público. Por isso, os pressupostos da providência cautelar não se verificavam.
Foi isto mesmo, aliás, que a nossa advogada invocou, num recurso entretanto interposto. E ao qual o tribunal deu razão, reconhecendo que a matéria publicada pelo SOL não configurava uma invasão da privacidade. Mas, para defender a posição inicialmente tomada, o tribunal mudou os fundamentos da providência cautelar - passando a dizer que, embora não houvesse violação da vida privada, a publicação das escutas era ilegítima em si própria.
Foi como se dissesse: Se não prevaricaste por isto, pecaste por aquilo - e portanto és criminoso na mesma . E a condenação manteve-se.
O processo seguiu o seu curso, sem nunca ninguém me ouvir. Embora a providência cautelar obrigue o juiz a ouvir a outra parte, tal nunca foi feito. Mas a proibição de publicar escutas manteve-se, verificando-se esta situação aberrante: todos os outros jornais as publicavam, mas quando éramos nós a fazê-lo cometíamos um crime !
Além disso, penhoraram-me a casa onde vivo e parte substancial do meu (único) ordenado. E soube dessa notícia por um jornal - o que significa que outros a tiveram antes de mim.
Eu pensava que isto não fosse possível em nenhum país democrático - mas foi. Pensava que muito menos fosse possível num país da União Europeia - mas foi. Um director de um jornal ter a casa e o ordenado penhorados por notícias que se limitaram a dizer a verdade, que denunciaram um golpe de contornos obscuros, que não violaram a privacidade de ninguém. Uma pessoa ser condenada sem nunca ter sido ouvida! Dirá o juiz que a minha advogada interpôs recursos e por isso teve ocasião de se pronunciar. Mas será isso o mesmo que ouvir a pessoa que é acusada e depois penalizada?
Mas o caso não fica por aqui. Após as penhoras, a empresa proprietária do SOL, num gesto que pessoalmente me sensibilizou, fez uma caução em dinheiro no valor da totalidade da multa que podia ser-me aplicada (110 mil euros, mais 20 mil para custas). Ora, apesar desta caução, a Justiça manteve até hoje as penhoras.
A Justiça, que foi tão rápida a accionar o processo e a executar as penhoras, revelou-se tão lenta a substituir as penhoras pela caução. Porquê? Com que intenção?
A acentuar a sensação de injustiça que envolve todo este processo está a dita multa de 110 mil euros (e não falo aqui dos valores exigidos à empresa, que atingem números astronómicos).
Alguma vez se viu em Portugal uma pena destas (ou sequer próxima) na área da comunicação social? Nem noutras. Recordo que as vítimas do caso Casa Pia receberam uma indemnização de 50 mil euros por danos físicos e psicológicos gravíssimos que ficaram para toda a vida.
E que a família do agente da PSP que foi morto na semana passada vai receber 100 mil euros.
Perante tudo isto, é difícil dizer que não estamos perante um ataque político ao SOL e ao seu director.
Aliás, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras, que analisou o processo em pormenor, escreveu preto no branco: «Estas acusações [do Ministério Público] não são mais do que uma clara perseguição contra a redacção do SOL, à espera de que o semanário ceda mais tarde ou mais cedo à pressão económica ou judicial».
Perante a cumplicidade evidente de alguns responsáveis da Justiça portuguesa com o poder político, perante a passividade de outros, resta-nos apelar para a Justiça internacional.
E faço também um pedido aos meus leitores: dêem conhecimento deste caso aos vossos amigos e conhecidos. Não por mim. Mas porque ele ilustra bem o estado a que chegou a Justiça em Portugal, que permite monstruosidades como esta.
Em 25 anos à frente de jornais não fui condenado uma única vez. E agora colocam-me entre a espada e a parede - pelo facto de o meu jornal ter ousado denunciar a verdade.
É caso para dizer que hoje, em Portugal, a verdade tem um preço muito alto.
Entretanto temos o que temos. Um primeiro-ministro com um falso titulo universitário, as suspeitas que conhecemos no caso Freeport, o chefe dos juízes a mandar apagar as conversas incómodas no caso Face Oculta, ele é apartamentos comprados a cash, etc. Aqui neste blog conta-se um caso curioso com a mãe. Mas há algo curioso. Cada vez que pergunto, ninguém confessa ter votado nele mas a verdade é que ganhou as eleições. Agora têm vergonha de confessar. A ver se para a próxima têm mais juízo na hora de votar.
domingo, 20 de março de 2011
Aqui há onde poupar, se se quiser
Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá. *
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa – que parece ser mais sensato – os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
Mas depois onde é que punham os amigos ? Pois é.
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa – que parece ser mais sensato – os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
Mas depois onde é que punham os amigos ? Pois é.
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