quarta-feira, 2 de abril de 2008

A TAP e a falta de Água e Café

Esta é incrível e, de novo, a TAP. Esta passada 2ª feira dia 31 de Março de 2008, vinha para Madrid. A aventura começa logo no terminal.

Com o autocarro carregado de pessoas, vem a senhora que estava a fazer o check-in dizer que pede muita desculpa mas que a tripulação acabava de chegar de outro voo (muito me estranha que a tripulação de um voo que sai às 7:30 venha de outro voo) e que tínhamos que esperar dentro do autocarro apinhado e em pé. Este filme passa todas as semanas. Mas adiante.

Estávamos à espera já dentro do avião mas este não saía. E qual era a razão ? Segundo a hospedeira, estávamos à espera de café e água quente. Pensei que ela estava a brincar até que vi que, efectivamente, chegava um carro do catering e que traziam algo para dentro do avião.

O piloto, mentiroso como sempre ou simplesmente envergonhado pela situação, diz que a razão do atraso é a, já adivinharam, a congestão do tráfego aéreo em Madrid. Claro que sim, perderam o slot que tinham designado e depois ficámos à espera. A mentira sobrava.

Perguntei depois à hospedeira se afinal tinha chegado a água e o café. O café sim, a água, não.

A incompetência na TAP já chega ao extremo de atrasar um voo uma hoar porque não são capazes de pôr o café e a água a bordo com tempo ? Até quando é que temos que aguentar isto ?

O problema que temos é que a TAP já perdeu a vergonha e, quando esta se perde, perde-se tudo. Tanto faz que haja ou não passageiros. No fim do mês recebem na mesma. E são este incompetentes que fazem greve ? E a Groundforce, empresa da TAP, também fazem greve ? Claro que os clientes são irreleventes, o que eles querem é cobrar ao fim do mês independentemente de fazerem ou não um bom trabalho. Eu que viajo todas as semanas e os vejo na televisão a protestar, a verdade é que o que queria era vê-los a todos na fila do desemprego.

Como nem sempre estamos no ultimo lugar, a TAP tem a “honra” de ser a pior companhia da Europa em termos de pontualidade e perda de bagagens.

A TAP na Escandinavia

Na semana da Páscoa fui com a família passar uns dias à Escandinávia. Por razões profissionais eu saí de Madrid e o resto da tropa de Lisboa. Eu Iberia, eles TAP. O avião da TAP chegou com uma hora de atraso. Nada de anormal já que esta é a regra e não a excepção.

No regresso eu voltava para Madrid e o resto da tropa para Lisboa. Uma vez mais Iberia e TAP. Os voes eram exactamente à mesma hora, 15:30. Quando chegámos ao aeroporto a Iberia já estava a fazer o check-in com 4 balcões e da TAP nem rasto. Eu fui para a fila, fiz o check-in e na TAP, nada.

Quando finalmente abriu foi com dois balcões, um para económica e outro para business. Escusado será dizer que, à boa maneira portuguesa, nem ninguém respeitou a fila de business, o que por um lado é compreensível, nem pelo outro lado, e isto já não é compreensível, a TAP não fez respeitar a fila. Até que a minha mulher, que tinha bilhetes de business, teve que chamar à atenção para este facto e que tinha direito a tratamento preferente. É para isto que serve pagar mais. Se a TAP não percebe, então é melhor não vender bilhetes com privilégios.

A TAP quer fazer como os ricos. Parece-me bem mas que o saiba fazer. Poderia ter a fila de business livre e ir chamando as pessoas uma a uma desde a fila de económica.

Resultado de tudo isto: uma hora de atraso. Como digo, já não espanta, é a norma e não a excepção.

Os bancos pagaram apenas 13,6% de IRC no ano passado

Vamos lá a ver. Alguém, a não ser os bancos, pensa que isto é normal ? Qualquer pessoa, por muito pouco que pague, paga bastante mais do que os bancos. Com que moral é que nos pedem que paguemos impostos ?

Este tipo de noticias não dá vergonha ao estado que é forte com os fracos e fraco com os fortes ? Claro que, vendo a telenovela BCP, já nada estranha neste país. Não sería mais lógico controlar esta verginha e baixar os impostos aos cidadãos indefesos. Ah, mas o financiamento dos partidos fala mais alto.

Claro que depois não estranha que, hoje em dia, 70% dos emigrantes são pessoas licenciadas que já não aguentam mais.

Claro que o estado que permite o que se passou no Carolina Michaelis não tem autoridade para nada. E cuidado que a culpa não é só do PS. Também é do PSD que passou por lá e não fez nada.

RIP Portugal




Bancos pagaram apenas 13,6% de IRC no ano passado
Os bancos portugueses obtiveram em 2007 lucros de 2,4 mil milhões de euros, mais 9,1% que no ano. Estes são os primeiros dados oficiais do sector, ontem divulgados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB).

[01-04-2008] [ Paula Cordeiro, Diário de Notícias ]

Os números são referentes a uma amostra do conjunto das instituições bancárias, que representam 96,4% do activo líquido do sector em 2006.

A APB, no seu comunicado, salienta que a actividade em 2007 "desenvolveu-se num enquadramento macroeconómico que continua a não ser satisfatório, dado que o nosso ritmo de crescimento será, pelo sexto ano consecutivo, inferior ao da Zona Euro".

No entanto, a crise no mercado do crédito não parece ter atingido as principais variáveis do sector. O activo líquido cresceu 12,2% em 2007, atingindo os 391 mil milhões de euros, com o crédito a clientes a subir 13,4%. Os recursos aumentaram a um ritmo mais baixo, crescendo 9% face a 2006.

Num cenário de subida das taxas de juro, o resultado financeiro da banca subiu apenas 8,7%, para os 5,3 mil milhões de euros. O comunicado da APB destaca, neste capítulo, a forte intensidade concorrencial e as alterações regulamentares (definição das datas valor ao nível dos recursos e arredondamento à milésima das taxas de juro do crédito) que produziram efeitos negativos na evolução da margem financeira dos bancos. Esta caiu 0,04 pontos percentuais, ficando em 1,56%, no final do ano passado.

Mas se os bancos ganharam menos na diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, esta perda foi mitigada pelo contributo positivo do efeito volume, visto os activos financeiros terem crescido 11,2%.

As receitas de comissões e serviços aumentaram a um ritmo modesto de 6,4%, segundo a APB, enquanto os resultados obtidos em mercados de capitais subiram 4,7% face ao ano anterior. Como consequência final, o produto bancário de exploração progrediu 7,3%, para os 9,5 mil milhões de euros.

A instabilidade nos mercados financei- ros levou a banca a reforçar as provisões, que aumentaram 31,8%, totalizando 1,5 mil mi- lhões de euros. Os impostos pagos sobre os lu- cros caíram 28,7%, tendo a banca pago no ano passado 388 milhões de euros, referentes apenas à tributação dos resultados. Face a estes números, a taxa de IRC efectivamente paga pela banca rondou os 13,63%, relacionando o valor dos impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) com o resultado apurado antes de impostos. Em 2006, esta taxa tinha sido de 19,42%. As empresas em geral são taxadas em 27% (já incluindo derrama).

Em 2007, aumentou o número de empregados no sector, com um cresci- mento de 3,3%, uma tendência dos últimos exercícios. Também o número de balcões subiu 8,5%, apesar de o rácio de trabalhadores por balcão se ter mantido em dez funcionários. Não obstante esta expansão, o rácio de eficiência (custos sobre proveitos) melhorou 1,28 pontos face a 206, para se situar em 54,32%.

A solvabilidade bruta do sector caiu 0,31 pontos, ficando nos 9,14%, enquanto a rentabilidade dos capitais próprios desceu 0,04 pontos, para os 14,02%.